Essa mão que me segura
pelo pescoço,
me sacode
e me revista,
essa mão eu amo.
Toda vez que vai ao coldre
leva um beijo meu.
Se atira pedras
e arrebenta vidros,
assusta gente, cidades,
eu gozo - ela é minha.
Nas sombras de minhas colchas
desliza atrevida
em partes que eu não permito.
Silencia, vibra, fala
- abarca tudo que vê,
ambiçiosa e chula.
Se peço que pare,
avança - adoro!
Louca, impura, grossa,
entra aonde não deve,
cava, coça, atira e treme,
goza - banha-se
no meu torpor,
vive para acarinhar
meu rosto
e me bater
se grito
quando quer me amar.
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