Procuro a felicidade
como quem cata uma agulha
às quatro horas da tarde
num matagal do arrabalde.
A polícia me vicia.
A-guarda, solícita, me guarda.
E permanece à distância
expectando fuxicos.
Duas mãos que me procuram
liames, cordas, arames,
se perdem - me perdem
no matagal de arrabalde
onde a felicidade
às quatro horas da tarde
é uma agulha
que a polícia aparvalhada cata
sem nunca achar - a gente
sempre perdendo.
O jogo.
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